O
atual Ministro da Educação do Brasil é um grande brincalhão. Em recente
entrevista em Brasília anunciou a necessidade de aumentar o número de médicos
no país.
De
acordo com o brincalhão de plantão do MEC, a meta é acrescentar, no mínimo,
quatro mil vagas até 2020.
De
acordo com o Conselho Federal de Medicina, existe hoje no Brasil um percentual
de 1.95 médicos por mil habitantes. O ministro atual de Educação acha um
absurdo o Brasil possuir menos médicos do que a próspera república Cubana, onde
o percentual é de 6.35 médicos por mil habitantes.
Que
o diga sobre a excelente medicina da ilha democrática do Caribe, onde o médico
possui uma remuneração mensal de menos de cem dólares, o Presidente Coronel do
Pacífico.
Para
ajudar os médicos da ilha, na sua segunda cirurgia grave de terapêuticas
pinturas ideológicas, foi pedida ajuda a um grupo de cirurgiões da Rússia -
segundo agências internacionais de notícias.
O
Coronel só não veio tratar no hospital oficial dos homens de poder e dinheiro
no Brasil, porque o hospital de São Paulo não aceitou as imposições do serviço
de segurança do Coronel.
Todas
as autoridades brasileiras sabem que a nossa medicina é uma das melhores do
mundo, e não sei de ninguém que tenha saído daqui para tratar na terra do
modelo de saúde do MEC.
“Até
as pedras de Cuiabá” sabem que o grande problema do Brasil não é a falta de
médicos, mas sim, o de uma política de interiorização do médico. As
universidades têm obrigação de formar médicos para o interior, também, e o
governo de dotar o interior de condições mínimas para fixar esse profissional.
Estes
dois quesitos não existem e, tampouco, sinais de ações prioritárias para aquele
que seria o maior projeto social do governo. Para que isso aconteça tem que
haver decisão política, e, não, aumentar um sério problema hoje existente - uma
superpopulação de médicos nas grandes cidades com especialidades urbanas.
Há
necessidade de um programa de cargos e salários, como outros ministérios
realizam para fixar um promotor, juiz, defensor público, polícia federal,
servidores da receita federal e tantos outros que poderão trabalhar com
garantias, sem perseguição política e a certeza de transferência por méritos
para centros maiores.
Aumentar
a quantidade de médicos no Brasil, sem visar o atendimento no interior, é uma
temeridade. O risco que se corre é de uma queda na qualidade do ensino e, o que
é pior, de um agravamento do problema social do médico das grandes cidades.
O
Brasil precisa de muita seriedade para enfrentar os seus graves problemas
sociais, e, não, de brincadeiras, como esta de aumentar o número de médicos
para superarmos Cuba.
Gabriel
Novis Neves
29-05-2012